quinta-feira, 27 de maio de 2010
Ossos da ditadura.
Um ex-administrador do cemitério Parelheiros-SP admitiu ao MPF que o subsolo da administração era na verdade um ocultador de ossos da ditadura. O MPF paulista a bom tempo procura encontrar os cadáveres ocultados durante a era de chumbo. Nossas Forças Armadas repleas de homens e mulheres dignas são motivo de orgulho a nação, todavia, uma cúpula predominantemente ultra-conservadora, complascente e anti-democrática persiste em manter a conduta de outrora - lançar nossa história na escuridão, ferindo de morte a dignidade humana e tratando nacionalistas como inimigos eternos. O que o povo precisa é conhecer de sua história e se orgulhar daqueles que tombaram na construção da democracia - do mundo que hoje conhecemos, certamente bem melhor do que os anos de repressão onde a lei do manda quem pode e obdece quem teme a morte, valia mais. Hoje não temos mais gente daquela época no poder. É certo que ainda subsistem poucos - algo em extinção. Mais neste estado onde o bem superou o mal através da morte de nossos heróis da luta contra a espúria e tirana ditasuja, vemos luzes ao fim do túneo, aos poucos a democracia toma forma e força, e, quem sabe de agora por diante, mais e mais pessoas possam ter a coragem de erguer o braço e falar bem alto: "Posso ajudar a aplacar a dor de tantos familiares que não tiveram a chance em sepultar seus filhos!".
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Joseph Ratzinger e a retórica hipócrita em desviar as atenções à pedofilia.
Bento XVI é pura hipocrisia, consegue facilmente no dia sagrado de Nossa Sra. de Fátima lançar ainda mais os fundamentalistas contra os homossexuais. Estes ataques do Cardeal Ratzinger são clara evidência em tentar tirar o foco principal de toda lama que corre sobre os pés do "Santo" Papa.
sexta-feira, 30 de abril de 2010
A ditadura do preconceito!
Amigos, compartilho com vocês a última edição da Publicação Oficial - Jornal nr. 48, Edição 13, da Associação de Classe: "Juizes pela Democracia", onde à página 10 consta um artigo de minha autoria. (http://www.ajd.org.br/)
O GENERAL E A DITADURA DO PRECONCEITO
Mostrar-se indignado com atitudes homofóbicas é regra no segmento gay. Mas quando tal comportamento parte de parcela da sociedade, é sinal de bons tempos. Em fevereiro pudemos comprovar que de fato caminhamos para um mundo mais tolerante e que reconhece um atentado a dignidade da humanidade diante de acontecimentos que se traduzam como tal. Quando sabatinados pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal, um Oficial do Exército e outro da Marinha demonstraram preconceito. O General Raimundo Nonato Cerqueira Filho admitiu publicamente a convicção de que aos homossexuais deve ser proibido o acesso à carreira das armas. Isto por que em seu entendimento a vida íntima de “indivíduos deste tipo” fatalmente não os permite se “fazer obedecer”. Portanto seguindo esta ótica, o que um ser humano faz de sua vida afetiva interfere em suas relações de trabalho, pois, “não há aptidão para o comando”. Já o Almirante Álvaro Luiz Pinto aventou a possibilidade de um gay não ter “dignidade” para a função.
A emenda ficou pior que o soneto. Logo após o impacto de suas palavras o General pôde perceber que o momento histórico é outro, e, portanto, que seus argumentos estão longe de valer com força de lei imposta. Hoje a opinião pública não se curva frente a um decreto autoritário. Valeu mais o consenso. Vir a público e tentar esclarecer foi a saída encontrada para buscar salvar o cargo pretendido. Ao afirmar que suas percepções são entendimento pessoal a respeito de valores relacionados a “aptidão” e “perfil”, atributos supostamente imprescindíveis ao acesso a profissão militar, o General deixou claro, mais uma vez, se tratar de uma pessoa presa a um modo de pensar cuja regra é a aversão as liberdades – a própria democracia.
O país e o mundo tem dado sinais de crescente respeito ao ser humano tal como se apresenta, sem que pesem questões de ordem preconceituosas. Não está mais em voga valorar méritos com base em gênero, etnia, sexo e raça. Na “sinceridade” do General, encontramos face a face, a certeza do que víamos por espelho. Sabe-se que é comum dentre alguns fardados esta política constrangedora de expurgar os diferentes. Casos de perseguição política e assedio são fatos recorrentes nas Forças Armadas. À medida que a democracia avança, a sociedade tem tido acesso, através dos meios de comunicação, a várias denúncias de cometimento de crimes que vão do preconceito à fomentação do ódio. Porém, tal deturpada conduta não é tomada de forma generalizada por toda a tropa. O que se tentou apregoar fora a pseudo-existência de uma normatização institucional onde o preconceito é parte indissolúvel das relações militares. É bom lembrar que o próprio alto escalão do Exercito apregoa que é na tropa que se sente o reflexo dos anseios da sociedade. Assim como no passado recente a alta corte das Armadas se limita a dar ela própria um entendimento deturpado das coisas – como se convicções pontuais pudessem representar a realidade de toda uma conjectura. Retórica da busca costumeira em se tornar verdades de poucos, convicção absoluta de muitos – postura típica de ditadores.
Em contrapartida, para nossa sorte, e para desespero dos desavisados, a sociedade cada vez mais dá sinais de que não suporta falsas verdades, e que já está farta de manipulações espúrias. Quando o país se consterna com o sofrimento alheio de um ser humano perseguido por tentar ser feliz nas condições que dispõe, resta demonstrado caráter inovador social – uma busca pelo respeito ao próximo em suas diferenças. Deste povo também faz parte os servidores fardados, não menos cidadãos que os que não seguiram a carreira das armas. Se hipoteticamente admitíssemos o contrário, estaríamos traduzindo que os integrantes das Forças Armadas fazem parte de um Estado a parte do Estado brasileiro.
É sem dúvida, lamentável, mas algumas autoridades ousaram impingir legalidade a atitude preconceituosa. Assim se posicionou o Presidente da corte castrense, forçando um consenso surrealista ao admitir que o comportamento do General seria plausível uma vez que traduz a “fala recorrente da tropa”. Talvez o único mérito de tão oportuna e prestimosa defesa tenha sido o fato de fazer o episódio valer como estampada percepção deste perene cultivo, advento de boa parte da cúpula institucional. Apologia a um comportamento opressor, persecutório, desproporcional, e violento contra todos os que se apresentem “desiguais” e, portanto, desafetos institucionais. Uma histórica e fatídica incapacidade de condicionar decisões e atrelar condutas ao que expressa nossa Constituição.
Várias entidades de direitos humanos se posicionaram em prol da defesa da dignidade. E, outros poucos, pouquíssimos, lançaram-se a proteger o que taxaram de “sinceridade”, algo a ser hipoteticamente “louvável”. Mas as autoridades detentoras do poder para decidir se os Oficiais merecem acesso ao cargo pretenso não poderiam ter cometido o grande erro em fugir da realidade posto que a “sinceridade - verdade” é regra, e não exceção. Se o General não respondesse de forma clara o que havia sido questionado, estaria fadado a “calar ou faltar com a verdade”. Nesta ou naquela possibilidade, de qualquer forma, não poderia ascender à função pretensa, pois estaria demonstrada como o foi sua total incapacidade para ser Juiz. O responsável pela sabatina foi diligente ao tocar em sensível tema, para só então formar opinião.
Ser Magistrado requer valores, tal como, não se deixar contaminar por convicções preconceituosas e de foro íntimo. Todavia, talvez o mais louvável dos valores exigidos a um pretor diga respeito à ordem para considerar a dignidade da pessoa humana. Característica que torna julgador personagem central, e não mero expectador. Ator imprescindível a construção de uma sociedade justa.
Guardamos no episódio duas excelentes oportunidades. A primeira reside no fato da absoluta percepção desta inescrupulosa apologia ao preconceito presente nas instituições totais, ainda em vigor. Uma persistente confusão de papeis. O público com o privado. O pessoal com o coletivo. O legal com o indefensável. A outra, obviamente, diz respeito ao caráter novo revelado na sociedade: a intolerância à intolerância.
Fernando Alcântara de Figueiredo, Sargento licenciado do Exército, autor do livro: “Soldados não choram” – Ed. Globo. Membro do Grupo Tortura Nunca mais do Estado de São Paulo e Presidente do Instituto SER de Direitos Humanos.
quinta-feira, 22 de abril de 2010
A grande hipocrisia da "Santa Sé"
Falar de Deus e deixar de lado as consequencias que atos nefastos causam a vítimas do clero é sem dúvida um discurso hipócrita e complacente. Pedir perdão não é suficiente. Neste diapasão a reparação financeira é o mínimo que o Papa, enquanto chefe maior do Estado Vaticano, poderia ter feito. Hoje nos deparamos com tamanha atrocidade que compromete vidas e causa feridas incuráveis naqueles que foram vítimas de uma inexclupulosa relação condescendente. O pecado maior da "Santa Sé", reside sem dúvida no acobertamento destes crimes e, não tão somente no ato em si de seus membros. É portanto urgente que cada vez mais nos unamos a defender uma punição aqueles que se predispuseram a por a salvo o "bom nome" institucional cujo preço foi sem dúvida a perpetuação de um flagelo que marca para sempre os que foram submetidos a vil traição de membros do clero.
sábado, 13 de março de 2010
Repúdio ao Superior Tribunal Militar - STM.
Em 10 de março de 2010, quinta-feira, ao se imiscuir, mais uma vez, na esfera administrativa dos quartéis, julgando indigno ao oficialato o Tenente Coronel do Exército Osvaldo Brandão Sayd, por ter se relacionado intimamente com outro militar do mesmo sexo, aquela instituição sepultou de vez qualquer sombra de dúvidas a respeito de sua má-atuação e postura antidemocrática.
Julgar mérito levando-se em consideração um relacionamento íntimo que um cidadão mantém para com outrem, enseja em estapafúrdia e estarrecedora deturpada maneira de se conduzir uma Corte. A intimidade das pessoas deveria ser – assim como dispõem as clausuras pétreas constitucionais, algo a salvo de quem quer que seja incluindo-se ai o Estado, e, a Justiça Militar por conseqüência.
Os tratados internacionais do qual nosso país é signatário põem a salvo a dignidade, no entanto, o Brasil, lamentavelmente, ainda, dispõe de um tipo de Poder, entranhado na estrutura do Judiciário nacional, cujo caráter opressor deixa transcender constrangedora violação dos direitos da humanidade.
Apesar de não haver vedação explícita para que homossexuais, e ou, bissexuais, ingressem na carreira militar, há uma espúria conduta interna para que os profissionais das armadas sejam diferenciados e expurgados quando identificadas suas relações interpessoais. O mérito de quem quer defender nosso país deveria residir na capacidade profissional, na probidade administrativa e na condução de sua rotina interna íntegra, pautada em princípios éticos de compreensão do que significa o serviço a defesa da nação e, nunca, em questões afetas as relações pessoais.
Na Justiça Militar, cuja composição majoritária é formada por Generais oriundos das forças belicistas nacionais, é comum o apadrinhamento dos Comandos, contaminados por uma postura antidemocrática. Essa estrutura viciada faz parte de um esquema cultural arraigado por um conceito doentio e deturpado de método falho no gerenciamento do bem público maior – seu recurso humano – o Soldado.
A orientação na caserna para que os homossexuais sejam mau tratados, contamina diuturnamente as decisões da Corte castrense, e faz parte da rotina de condenações sob as bênçãos do Ministério Público Militar, fazendo da vida de um cidadão um verdadeiro inferno. Não foi a toa que o Presidente do STM foi a público defender um dos Generais que sequer fazia parte da composição da corte, taxando de “corrente fala interna” uma atitude preconceituosa, legitimando a comumente exortação e apologia aos crimes de ódio dentro das instituições militares. Desta feita, resta ao cidadão condenado, por ser homossexual nas Forças Armadas, a evidente percepção de que seu país valora mais o que é feito da vida particular dos Soldados do que seu comprometimento com o esmero profissional.
O recente episódio em se referendar o nome de dois militares preconceituosos para assumir posto de Juiz na mais alta corte castrense representa um verdadeiro “tiro” na democracia, e, sobretudo, grande desrespeito a dignidade humana. Sabiamente a Carta que rege a magistratura consorte aos princípios constitucionais resume ser defeso ao cargo de Juiz quem demonstre “discriminação injusta ou arbitrária de qualquer pessoa ou instituição”, e, que tal atitude ensejaria, ai sim, na “indignidade” para o cargo de Pretor.
Fatos como o mencionado expõem cada vez mais o país a um crescente descrédito perante a comunidade internacional. Como explicar que uma nação que se apresenta como protetora dos princípios de respeito à dignidade da humanidade pode manter relações de explícita amizade com déspotas ditadores? Como uma nação que se diz afastar de um modelo de Estado policialesco ao mesmo tempo cria regras para que seu Exército, Marinha e Aeronáutica, tenham poderes de polícia, podendo inclusive, dar voz de prisão a qualquer hora, a qualquer cidadão comum, ampliando desta feita a vulnerabilidade da população civil, expondo-a a toda sorte de arbitrariedade e abuso de autoridade? Difícil, senão quase impossível se dar crédito a um país como este.
O que se vê é a ampliação da atuação da justiça castrense à medida que se tornarão comuns e duvidosos os casos de desacato a autoridades policiais - conseqüência do maior poder de prisão de forma indiscriminada. Um ciclo vicioso e comprometido com o desrespeito ao ser humano.
Portanto, a atitude em expurgar um militar das fileiras do Exército por razões que fogem a competência do poder decisório do Judiciário - decisão a margem da Carta Cidadã de 1988, jamais poderá ser vislumbrada de per si - de forma isolada, mais contextualizada, como tem e merece ser vista, posto que denota retrocesso ao Estado Democrático de Direito e uma vergonha nacional a medida que afasta o povo de seu objetivo maior: liberdade, justiça e dignidade humana.
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Marcas do Preconceito.
O que dizer a quem sofreu com a marca que carrega? Há uma máxima que reza que todos, indiscriminadamente, trazemos uma. Desde que nascemos estamos fadados a sermos reconhecidos por algum referencial. Familiares mais próximos logo a identificam, e, ela (a marca) nos persegue. Mais e como tornar isto claro para as pessoas neste mundo? Difícil! Nem sempre o estigma se faz presente a ponto de interferir em nossas relações cotidianas. Comumente, tais informações, servem tão somente a um conjunto de referenciais capazes de segmentar – ditar grupos sociais. São variados os códigos, podendo-se mencionar a titulo de exemplo: uma má formação congênita. Contudo, cabe-se frisar, que apesar de certas marcas trazerem consigo a pecha do “defeito”, e, portanto, fator de sofrimento aos seus portadores, tais signos, não fazem parte do rol, previamente estabelecido, capaz em resultar total expurgo social.
Importante afirmar que todo ser já sofreu ou ainda sofre quando da identificação das marcas que carrega. Nem sempre tais estigmas são parte indissolúvel da estrutura física, muitas vezes se manifestam numa condição social, deixando-se explicitar, por exemplo, em grupos de indivíduos integrantes de uma família onde a genetriz educou sozinha sua prole. De toda sorte, variados são os motivos a manipulação desta “identidade deteriorada ”. A sociedade, não está preparada, ainda, para entender o fato de que há urgência em se dissociar alguém de seu histórico, pregresso familiar. Tão logo se deixe explicitar fatos correlatos a família, o homem “equilibrado” será parte integrante de algo que perturbe “a ordem social”, merecendo, portanto, e, necessariamente, uma marca que o impossibilite de exercer determinadas funções sociais.
Apesar da importância em se combater toda forma de discriminação há de se convir que determinados grupos estão extremamente, vulneráveis a este esquema de constrangimento perverso. Convenções sociais, implícitas e explícitas, ditam regras para tornar seres humanos parte de um segmento a ser abominado. Justamente, em tal segregação são inseridos os homossexuais.
Pensar em nossas diferenças como matizes – indispensáveis a sobrevivência neste planeta, seria, sem dúvida uma rara oportunidade a extinção do sofrimento causado pela discriminação. Quem sabe esta percepção torne a humanidade um pouco mais tolerante, digna a se aproximar do verdadeiro espírito do cristianismo - sem demagogias, hipocrisias e falso moralismo. Algo que a raça humana, está, lamentavelmente, longe em atingir. Por ora, e, certamente o grande mérito da tolerância resida na busca incessante para que o mundo se torne um lugar mais justo, digno e livre do preconceito.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Congratulations Mr. Barack Obama!
Congratulations Mr. Barack Obama in the fight against hate crimes and a further demonstration of humanity to accept gays in the U.S. FA.
domingo, 24 de janeiro de 2010
A solidariedade da grande potencia mundial.
Temos que ser honestos e louvar atos de bravura, consternação, e solidariedade. Apesar de existir um grande número de cidadãos no mundo que torcem o nariz para os norte-americanos, há de se reconhecer sua evidente capacidade para lutar pela sobrevivência humana, sem discriminar a origem dos povos. O Brasil, têm muito a aprender com tais atitudes. Quando grandes estrelas de hollywood se organizam a promover um ato de tamanha magnitude pela vida, penso, qual grande é a capacidade desse povo em superar, inclusive, a pecha da soberba que lhes é imputada por sua incontestável potencialidade.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Aceitar imposições militares?
A entidade justiça global emitiu nota de apoio ao PNH-3. Transcrevo algumas passagens do documento que considero uma importante defesa a luta pelo direito a verdade e a punição dos torturadores e assassinos do período nefasto de nossa história:
(...)Formalmente, o novo decreto – solução encontrada para dirimir o conflito instaurado entre Ministério da Defesa e Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) – não altera significativamente o sentido do texto do PNDH III. Politicamente, no entanto, a revisão feita pela Presidência da República é extremamente preocupante. O fato de o texto ter sido alterado após ameaça de demissão do alto comando das Forças Armadas demonstra que o Poder Executivo ainda não está livre da ingerência militar em assuntos civis.
A reação do Ministério da Defesa e de comandantes das Forças Armadas tenta impor uma “política do esquecimento” e é desrespeitosa com o amplo processo de construção coletiva, suprapartidário e plural do PNDH III, que envolveu cerca de 14 mil representantes do poder público e da sociedade civil através de consultas públicas, conferências municipais, estaduais e nacional. Além de desrespeitosa, a ameaça dos militares é completamente extemporânea e apenas cria um factóide, uma vez que o documento já havia sido endossado por 31 Ministérios e ficou por meses disponível para a consulta de qualquer cidadão.
Cabe também lamentar o desserviço de alguns meios de comunicação de massa – os mesmos que ignoram solenemente qualquer pauta sobre direitos humanos – ao optarem por editoriais tendenciosos, deturparem informações e transformarem em “clamor público” o factóide impulsionado apenas por alguns membros das Forças Armadas, por representantes do agronegócio e algumas vozes fundamentalistas isoladas.
(...)
domingo, 17 de janeiro de 2010
Lady Gaga and Oprah.
A imoralidade em Brasília.
Se enganam os que propagam que estamos acostumados com a corrupção no Distrito Federal, e, no Brasil. De fato estamos habituados com o rítimo dos acontecimentos, mas, crer que a corrupção é algo recente é surreal. Ela (a corrupção) é inerente ao "ser" cabendo a ele decidir por essa ou aquela forma de pautar ou contruir sua personalidade - proba ou corrupta. Talvez nosso erro se limite a imaginarmos que um messias venha nos arrebatar deste estado de coisas. Hoje nos deparamos com o Ministério Público local, envolto as acusações que o compromete a tal "caixa de pandora". Uma evidente demonstração de que não há instituição imune. O que há são homens e mulheres dignos que lutam incessantemente por suas convicções, suas aspirações políticas num mundo justo e solidário, onde a corrupção significa o fim de tudo que cremos.
sábado, 16 de janeiro de 2010
Haiti
As vezes nos apegamos com tantas futilidades que acabamos não vendo o que se passa em volta. O Haiti hj já não existe mais. Só morte por todo lado. Uma triste realidade, porém, boa oportunidade para repensarmos o que pensamos uns dos outros. Ajude a quem precisa. Há alguem a teu lado que a essa hora suplica por um fio de esperança.
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
A grande polêmica em torno de um beijo gay!
Uma grande polêmica se alastra mais uma vez: "O beijo gay na tv do Brasil". Acho muito debate por quase nada. A troca de afeto é natural entre todo e qualquer ser humano, ai inseridos os homossexuais, apesar da histórica intolerância homofóbica fundamentalista - homossexuais são tão afetuosos quanto os heteros. É muito comum se vincular a apelação sexual a imagem do homossexual, quando na realidade a sexualidade é expressão de todo ser, independente do papel que desempenha na intimidade. Portanto sinto em informar que enquanto houver polêmica, haverá audiência - fato que impede a execução por ora de um beijo homossexual na tv do Brasil.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Barack Obama
Tenho tido algumas decepções, por isto, custo a me manisfestar a respeito de pessoas. Mais em se tratando de Barack Obama faço uma excessão. O primeiro Presidente afrodecendente da história dos Estados Unidos têm demonstrado competência, desenvoltura, coragem, e, determinação para dirimir conflitos internos e atuar de forma eficaz nas questões internacionais. Parabéns!
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Haiti
"Luto" por nossos heróis que tombaram na luta contra miséria no Haiti. Nossos Soldados, Sargentos, Oficiais, longe do conforto da cúpula institucional, são espelho de nosso povo.
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
General Jobin e Min. Vannuchi na ante sala da presidencia.
Ontém, dia 12 não deu certo. A conversa que teriam com o Presidente Lula, ficou pra hoje dia 13 as 9h. Em que se pese as Forças Armadas, sem generalizações, porque afinal, lá também tem gente boa e honesta, podemos esperar tudo. Um avalanche de exigências para tentar se livrar quem deve ir ao banco dos réus. O grande temor é que a verdade venha a tona, e, de fato se possa ter notícia das atrocidades cometidas nos anos de chumbo. Se o plano vingar, embora modesto, poderemos ter acesso a uma verdadeira caixa de esqueletos onde se constatará a face podre da ditadura que ousamos deixar por herança a nossos descendentes. Nada me tira da cabeça que forças ocultas ligadas a ala conservadora esteja confabulando a uma hora dessas para tentar, mais uma vez, impedir os parcos avanços que conquistamos a ferro e sangue inocente.
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Aprovação de casamento gay!
Dia 8 deste mês o parlamento português aprovou o referendo do primeiro ministro daquele país para o casamento gay. A proposta é importante, mas, a militância pede mais. Ocorre que o texto não autoriza a adoção de crianças, ainda, por casais do mesmo sexo. Apesar de tal polêmica, considero um avanço muito importante, visto que o parlamento de Portugal é considerado um dos mais conservadores da Europa. Agora é só esperar a ratificação do texto pelo Presidente daquele país. Parabéns ao povo português pela notável compreensão e demonstração de humanidade.
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
A defesa dos Generais.
Da República, a Castelo Branco, o Brasil passou por algumas transformações econômicas, mas, isso dada influência das correntes internacionais. Nos anos que sucederam a proclamação, o campo político ficou praticamente inalterado. O voto, como de costume, era de cabresto, cultura arraigada, certa forma, até nossos dias, nos mais isolados municípios do país. Talvez a partir deste fenômeno possamos encontrar resposta a forma de como o povo se porta pacificamente frente a tantos escândalos de corrupção. Criou-se no Brasil uma apologia ao império do medo. Tudo se resolve pelo terror. As pessoas se encastelam na pseudo-segurança de seus lares e, sobretudo a classe média e a elite nacional acreditam que o isolamento social e a falsa percepção de que seus entes estão a salvo transmite normalidade – a paz é garantida, ao menos nestes feudos.
Tanto no Estado novo de Getúlio, quanto na ditadura “nazo-fascista” em 1964, houve aliteração de forma e agir. Um poder central dominante impunha o pânico através de uma propaganda tenebrosa de que forças ocultas iriam transformar o país num sombrio estado onde o privado seria transformado em público, onde a elite se transformaria em plebe, onde mães perderiam seus filhos, para um levante ideológico de despersonalização - inconsciente coletivo. Ora, em se tratando da última ressalva cabe indagar se não é exatamente isto o que apregoam as instituições totais, ai inseridos os corpos de tropa? Esta forma de agir e pensar não se faz presente ainda hoje nos quartéis Brasil a fora?
Mais, em que se pese o medo, muito presente ainda, há de se pensar na importância dele para os regimes ditatoriais no território nacional. Sob a égide da incolumidade dos princípios éticos familiares, nasceu a “Marcha da Família com Deus pela liberdade”, marco incontestável do levante aristocrático pela defesa da moralidade e da própria sociedade – respeito aos mais tradicionais apegos demagógicos da extrema direita.
A partir daí, perigosamente, vários outros segmentos sociais iniciaram a saga pela defesa dos interesses ultraconservadores, em detrimento a qualquer um que indagasse a validade de tal pensamento ou conduta. Abem da verdade, o principal caráter deste fenômeno foi o anseio de certo grupo pelo poder. A desculpa utilizada àquela ocasião fora bastante oportuna, pois, a experiência comunista em outros países era por deveras traumática e, de fato, deixou transpassar uma deturpação, por parte dos “homens” no poder – um desvirtuamento do que sempre fora apregoado pelos seguidores das bases filosóficas do comunismo.
Desta feita a elite, quem verdadeiramente dita às regras nos continentes, deixou-se levar pela fantasia da segurança do tal encastelamento, que tanto se fala, e, a igreja, a imprensa, assim como a família tradicional brasileira, se deixou inebriar pela falsa propaganda de um fantasma surrealista – uma conspiração Estadunidense. Imagem, talvez só presente nos quadros de Salvador Dali.
Após e durante o golpe, com o passar do tempo, conforme esperado, os homens tomaram gosto pelo poder e, naturalmente deixaram transcender seu próprio caráter imperialista, “inimigo” que tanto combatiam.
Apregoaram, por demasiado, o combate ao que taxaram de intransigente manipulação da ordem social, e, de fato acabaram por deixar transparecer ser tal quão os que buscavam repelir. Ai, já era muito tarde. O terror já se alastrara, e, agora, não só camponeses, “suburbanos”, estigmatizados, operários – classe trabalhadora, e, historicamente oprimida, estava a hostes dos déspotas senhoris, mais, inclusive, nossos filhos: brancos, ricos, formados, heterossexuais, sofriam nas masmorras com as mais brutais e impensáveis barbáries da tortura. Clérigos, políticos, empresários, jornalistas, donas de casa, todos, absolutamente todos, estavam sujeitos ao terror. Com isso, a máscara cai, o regime enfim não é aquele sonho outrora tido como ideal ao povo. Na verdade, na verdade o povo sempre esteve alheio a tudo isto.
Da instalação da República até pouco tempo o povo assistiu sempre surpreso as transformações do país. No entanto, quando o terror, a arbitrariedade e a criminalidade do “Estado” se instalou no seio da aristocracia, o castelo se desmoronou. Paralelo a estes fatos a política do bolo que nunca crescia, ou melhor, cresceu e se fatiou entre os que detinham o poder, deu seus primeiros sinais de inconsistência - ruía. A alta corte nacional, finalmente pode enxergar que fora utilizada como arma de manobra – uma marionete, as mãos irresponsáveis de quem lhes acenou com uma falsa esperança ideológica, a custo de sangue inocente.
Mais e o que dizer da atualidade. Hoje quando se lança o Plano Nacional de Direitos Humanos, o fantasma ressurge, e, o discurso ainda é muito parecido. Trazer a verdade parece abrir feridas em desagravo a fardados e civis bajuladores destes. Com relação aos primeiros [àqueles que não fazem parte da turma por onde perpassam as decisões], cabe ressaltar que muitos, mais, muitos mesmo, sofreram, e, ainda hoje sofrem, tanto quanto os ativistas de esquerda. São inúmeros os submetidos à postergação infindável da tortura belicista.
Não se pode negar que “irmãos de farda” contrários ao pensamento da cúpula das Forças Armadas à ocasião do golpe, tiveram por destino um buraco negro onde haveria choro e ranger de dentes por toda eternidade – paira uma verossímil deliberação para que até hoje um acompanhamento de perto dos pedidos de anistia dos dissidentes dos quartéis resultem em entraves a direitos plenamente assegurados. Sorte a deles, contar com civis na ponta das deliberações de seus processos, não que militares sejam totalmente passionais em seus votos, mais sob estes pesa a força do braço hierárquico.
É de se lamentar o estapafúrdio pedido de demissão coletivo que presenciamos, cuja única e plausível tradução, é a inegável tradição antidemocrática que impera dentre os que comandam. Fato que condena as forças belicistas nacionais ao ostracismo. Um grupo de Generais das três armadas se junta a um civil, legítimo defensor da cultura inventada pelos primeiros, para se insurgir contra colegas de pasta e o que é mais grave contra a própria Presidência da República. Homens adultos, anciãos até, que sobre a égide da “moral e dos bons costumes” pensão proteger os princípios balizares das forças de extrema direita do país, denotando a forma de agir e pensar daqueles que por lei deveriam ser exímios guardiões da ordem – da república. A própria postura em tratar por “data festiva” e, manter a apologia ao fatídico dia “31 de março”, conhecido dentre os anti-constitucionalistas como “dia da revolução democrática”, traduz a cultura intransigente em não reconhecer a autoridade dos civis a frente da presidência do país.
Indivíduos saem em defesa de torturadores, estupradores, dilaceradores de corpos e violentos assassinos cruéis, e, para que? Alguém já se perguntou por quê? O que há de tão caro que se urge em esconder? Qual a dívida que se tem com criminosos condecorados pela missão de ter matado e sumido com os corpos de tantos cidadãos, fazendo sofrer mães inconsoláveis a busca do direito de enterrar seus filhos? Será que alguém sabe me descrever a dor destas mães? Existe no mundo dor maior? Por isso a importância do plano que embora modesto seja um começo.
Acreditar que um grupo de ativistas, com parcos recursos, armamento insignificante e inoperante, possuidores de um único bem: “a crença na ideologia de um país democrático e livre”, pudesse fazer frente a toda uma estrutura de Estado, bem armado, com tropa equipada e preparada, é sem dúvida inimaginável até mesmo aos olhos dos fanáticos teóricos da conspiração ultramarina comunista.
Portanto, o Estado sério jamais possuiu ou possuirá outorga para em nome da moral, ética e bons costumes, torturar, matar e sumir com corpos de cidadãos cujo único crime tenha sido o despertar para um novo mundo, e, depois de tanto tempo, de tanto sofrimento, agir de forma intransigente a negar o direito à verdade ao povo do Brasil.
Para que este país conheça profundamente sua história e se consolide internacionalmente é preciso passar a limpo todos os acontecimentos. Abrir e curar feridas, trazer paz a familiares, ressarcir civis e fardados pelo terror que sofreram a mão de poucos e irresponsáveis, e, sem dúvida acabar de vez com a percepção de que autoridades recalcitram em punir quem deve ser punido por uma dívida imensurável a seus “predecessores”.
Tanto no Estado novo de Getúlio, quanto na ditadura “nazo-fascista” em 1964, houve aliteração de forma e agir. Um poder central dominante impunha o pânico através de uma propaganda tenebrosa de que forças ocultas iriam transformar o país num sombrio estado onde o privado seria transformado em público, onde a elite se transformaria em plebe, onde mães perderiam seus filhos, para um levante ideológico de despersonalização - inconsciente coletivo. Ora, em se tratando da última ressalva cabe indagar se não é exatamente isto o que apregoam as instituições totais, ai inseridos os corpos de tropa? Esta forma de agir e pensar não se faz presente ainda hoje nos quartéis Brasil a fora?
Mais, em que se pese o medo, muito presente ainda, há de se pensar na importância dele para os regimes ditatoriais no território nacional. Sob a égide da incolumidade dos princípios éticos familiares, nasceu a “Marcha da Família com Deus pela liberdade”, marco incontestável do levante aristocrático pela defesa da moralidade e da própria sociedade – respeito aos mais tradicionais apegos demagógicos da extrema direita.
A partir daí, perigosamente, vários outros segmentos sociais iniciaram a saga pela defesa dos interesses ultraconservadores, em detrimento a qualquer um que indagasse a validade de tal pensamento ou conduta. Abem da verdade, o principal caráter deste fenômeno foi o anseio de certo grupo pelo poder. A desculpa utilizada àquela ocasião fora bastante oportuna, pois, a experiência comunista em outros países era por deveras traumática e, de fato, deixou transpassar uma deturpação, por parte dos “homens” no poder – um desvirtuamento do que sempre fora apregoado pelos seguidores das bases filosóficas do comunismo.
Desta feita a elite, quem verdadeiramente dita às regras nos continentes, deixou-se levar pela fantasia da segurança do tal encastelamento, que tanto se fala, e, a igreja, a imprensa, assim como a família tradicional brasileira, se deixou inebriar pela falsa propaganda de um fantasma surrealista – uma conspiração Estadunidense. Imagem, talvez só presente nos quadros de Salvador Dali.
Após e durante o golpe, com o passar do tempo, conforme esperado, os homens tomaram gosto pelo poder e, naturalmente deixaram transcender seu próprio caráter imperialista, “inimigo” que tanto combatiam.
Apregoaram, por demasiado, o combate ao que taxaram de intransigente manipulação da ordem social, e, de fato acabaram por deixar transparecer ser tal quão os que buscavam repelir. Ai, já era muito tarde. O terror já se alastrara, e, agora, não só camponeses, “suburbanos”, estigmatizados, operários – classe trabalhadora, e, historicamente oprimida, estava a hostes dos déspotas senhoris, mais, inclusive, nossos filhos: brancos, ricos, formados, heterossexuais, sofriam nas masmorras com as mais brutais e impensáveis barbáries da tortura. Clérigos, políticos, empresários, jornalistas, donas de casa, todos, absolutamente todos, estavam sujeitos ao terror. Com isso, a máscara cai, o regime enfim não é aquele sonho outrora tido como ideal ao povo. Na verdade, na verdade o povo sempre esteve alheio a tudo isto.
Da instalação da República até pouco tempo o povo assistiu sempre surpreso as transformações do país. No entanto, quando o terror, a arbitrariedade e a criminalidade do “Estado” se instalou no seio da aristocracia, o castelo se desmoronou. Paralelo a estes fatos a política do bolo que nunca crescia, ou melhor, cresceu e se fatiou entre os que detinham o poder, deu seus primeiros sinais de inconsistência - ruía. A alta corte nacional, finalmente pode enxergar que fora utilizada como arma de manobra – uma marionete, as mãos irresponsáveis de quem lhes acenou com uma falsa esperança ideológica, a custo de sangue inocente.
Mais e o que dizer da atualidade. Hoje quando se lança o Plano Nacional de Direitos Humanos, o fantasma ressurge, e, o discurso ainda é muito parecido. Trazer a verdade parece abrir feridas em desagravo a fardados e civis bajuladores destes. Com relação aos primeiros [àqueles que não fazem parte da turma por onde perpassam as decisões], cabe ressaltar que muitos, mais, muitos mesmo, sofreram, e, ainda hoje sofrem, tanto quanto os ativistas de esquerda. São inúmeros os submetidos à postergação infindável da tortura belicista.
Não se pode negar que “irmãos de farda” contrários ao pensamento da cúpula das Forças Armadas à ocasião do golpe, tiveram por destino um buraco negro onde haveria choro e ranger de dentes por toda eternidade – paira uma verossímil deliberação para que até hoje um acompanhamento de perto dos pedidos de anistia dos dissidentes dos quartéis resultem em entraves a direitos plenamente assegurados. Sorte a deles, contar com civis na ponta das deliberações de seus processos, não que militares sejam totalmente passionais em seus votos, mais sob estes pesa a força do braço hierárquico.
É de se lamentar o estapafúrdio pedido de demissão coletivo que presenciamos, cuja única e plausível tradução, é a inegável tradição antidemocrática que impera dentre os que comandam. Fato que condena as forças belicistas nacionais ao ostracismo. Um grupo de Generais das três armadas se junta a um civil, legítimo defensor da cultura inventada pelos primeiros, para se insurgir contra colegas de pasta e o que é mais grave contra a própria Presidência da República. Homens adultos, anciãos até, que sobre a égide da “moral e dos bons costumes” pensão proteger os princípios balizares das forças de extrema direita do país, denotando a forma de agir e pensar daqueles que por lei deveriam ser exímios guardiões da ordem – da república. A própria postura em tratar por “data festiva” e, manter a apologia ao fatídico dia “31 de março”, conhecido dentre os anti-constitucionalistas como “dia da revolução democrática”, traduz a cultura intransigente em não reconhecer a autoridade dos civis a frente da presidência do país.
Indivíduos saem em defesa de torturadores, estupradores, dilaceradores de corpos e violentos assassinos cruéis, e, para que? Alguém já se perguntou por quê? O que há de tão caro que se urge em esconder? Qual a dívida que se tem com criminosos condecorados pela missão de ter matado e sumido com os corpos de tantos cidadãos, fazendo sofrer mães inconsoláveis a busca do direito de enterrar seus filhos? Será que alguém sabe me descrever a dor destas mães? Existe no mundo dor maior? Por isso a importância do plano que embora modesto seja um começo.
Acreditar que um grupo de ativistas, com parcos recursos, armamento insignificante e inoperante, possuidores de um único bem: “a crença na ideologia de um país democrático e livre”, pudesse fazer frente a toda uma estrutura de Estado, bem armado, com tropa equipada e preparada, é sem dúvida inimaginável até mesmo aos olhos dos fanáticos teóricos da conspiração ultramarina comunista.
Portanto, o Estado sério jamais possuiu ou possuirá outorga para em nome da moral, ética e bons costumes, torturar, matar e sumir com corpos de cidadãos cujo único crime tenha sido o despertar para um novo mundo, e, depois de tanto tempo, de tanto sofrimento, agir de forma intransigente a negar o direito à verdade ao povo do Brasil.
Para que este país conheça profundamente sua história e se consolide internacionalmente é preciso passar a limpo todos os acontecimentos. Abrir e curar feridas, trazer paz a familiares, ressarcir civis e fardados pelo terror que sofreram a mão de poucos e irresponsáveis, e, sem dúvida acabar de vez com a percepção de que autoridades recalcitram em punir quem deve ser punido por uma dívida imensurável a seus “predecessores”.
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
A mamusca, com carinho.
Pensando numa amiga que vez ou outra se queixa das agruras da vida resolvi traduzir o que penso sobre o tema. Justamente hoje onde a essa hora muitos dos meus se encontram ainda dormindo da farra do reveillon, deixo meu manifesto filosófico: Mais um ano se inicia e com ele as incertezas. Todos se perguntam se será tudo novo de verdade ou se estaremos caminhando em círculos - sem progressão. As atitudes ditarão nossas conquistas, acertos - vitórias. Quando cada indivíduo tomar consciência que seu sucesso ou não depende de suas tentativas, talvez encontre o caminho. Imaginar que a vida funciona como simples manipulação de probabilidades é sem dúvida uma tradução simplória dàquilo que chamamos de jogo da vida. Esse ano queremos mais, muito mais do que uma resposta pronta, enfadonha, manipulada. Agir é urgente se pensarmos que o tempo é fator impediditivo a concretização de sonhos. Como diria um grande e conhecido poeta: "Não creio no destino, creio em mim".
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